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sexta-feira, 26 de março de 2010

WWF-Brasil convoca para Hora do Planeta 2010


WWF-Brasil convoca para Hora do Planeta 2010


Em março de 2010, o Brasil participa oficialmente da Hora do Planeta. No sábado, 27 de março, entre 20h30 e 21h30, diversos ícones do País serão apagados por uma hora para mostrar a nossa preocupação com o aquecimento global.

No Brasil, o apagar das luzes representa um sinal claro aos governos de que a população quer o fim dos desmatamentos, responsável por mais de 70% das emissões de gases de efeito estufa do país. Também significa que o Brasil está alinhado com o resto dos países participantes, que também clamam pelo controle das emissões de forma a manter o aquecimento global em torno dos 2oC, como preconizado pela comunidade científica.

http://www.wwf.org.br/informacoes/especiais/vote_pelo_planeta/?23640/WWF-Brasil-convoca-para-Hora-do-Planeta-2010

No sábado, 27 de março, entre 20h30 e 21h30 (hora de Brasília), o Brasil participa oficialmente da Hora do Planeta. Das moradias mais simples aos maiores monumentos, as luzes serão apagadas por uma hora, para mostrar aos líderes mundiais nossa preocupação com o aquecimento global.




A Hora do Planeta começou em 2007, apenas em Sidney, na Austrália. Em 2008, 371 cidades participaram. No ano passado, quando o Brasil participou pela primeira vez, o movimento superou todas as expectativas. Centenas de milhões de pessoas em mais de 4 mil cidades de 88 países apagaram as luzes. Monumentos e locais simbólicos, como a Torre Eiffel, o Coliseu e a Times Square, além do Cristo Redentor, o Congresso Nacional e outros ficaram uma hora no escuro. Além disso, artistas, atletas e apresentadores famosos ajudaram voluntariamente na campanha de mobilização. Clique aqui e veja a lista de quem já aderiu.



Em 2010, com a sua participação, vamos fazer uma Hora do Planeta ainda mais fantástica!

quarta-feira, 17 de março de 2010

Exposição Menas: o certo do errado, o errado do certo

 



“Se alguém usou uma palavra, ela existe.” Este é um dos motes da exposição que o Governo do Estado de São Paulo inaugura no Museu da Língua Portuguesa.

O Museu da Língua Portuguesa inaugura no dia 16 de março, Menas: o Certo do Errado, o Errado do Certo. Esta será a sexta exposição a ocupar o espaço das exposições temporárias, reforçando o papel do Museu como importante espaço educador e difusor da língua portuguesa.

Menas. O próprio título da exposição é uma provocação. Mesmo sabendo que “menos” é um advérbio, portanto, invariável, quantas vezes já não ouvimos a “concordância” com o gênero feminino por pessoas das mais diferentes classes e idades. Para os curadores da exposição, os professores Ataliba T. de Castilho e Eduardo Calbucci, Menas está na fronteira entre tudo o que não vale e o vale-tudo. E essa provocação é a proposta da exposição que ocupa cerca de 450 m² do Museu da Língua Portuguesa com sete instalações para enumerar nossos “erros” linguísticos mais comuns, entender por que erramos e discutir a amplitude e a criatividade da língua.

O título e a ideia da exposição partiram do próprio Secretário de Cultura do Estado de São Paulo, João Sayad. Segundo ele “a exposição pretende discutir criticamente o hábito, que não é apenas do brasileiro, de catalogar discursos e enunciadores em certo e errado, educados e despreparados. A língua é bem público e vivo, enriquecido e modificado por todos os falantes. É natural que os donos da língua, ou os 'cultos e educados' protestem e reajam quando ela é apropriada por intrusos que falam diferente. Mas a alteração e o 'erro' são parte do jogo de todas as línguas vivas.”

O diretor do Museu da Língua Portuguesa, Antonio Carlos de Moraes Sartini, tem certeza de que Menas aproximará ainda mais o Museu de seu grande público, já que a exposição tratará de questões presentes no nosso dia a dia. “A exposição, além de muito interativa e divertida, mostrará aos visitantes os principais fatores que nos levam a fugir da norma culta do idioma e, também, reforçará a ideia da existência e pertinência dos vários padrões de linguagem que devem, ou deveriam, ser dominados por todos, criando verdadeiros usuários poliglotas de uma só língua, no caso a portuguesa”, conclui.

A exposição conta com dois curadores que sabem muito bem do que estão falando: Ataliba T. de Castilho e Eduardo Calbucci. A combinação entre o conhecimento e a capacidade de comunicação foi a dose certa para um conteúdo que diverte sem perder a consistência. O professor Ataliba é uma das principais autoridades do Brasil quando o assunto é língua portuguesa. Atualmente aposentado, foi Professor Titular de Filologia e Língua Portuguesa da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo até 2007. Na sua bagagem acadêmica, constam 24 livros publicados e 60 publicações em revistas especializadas.

Já Eduardo Calbucci é Bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo pela ECA-USP, mestre e doutor em Linguística pela FFLCH-USP. É coautor do material de Português (Gramática, Texto, Redação e Literatura) e Sociologia do Sistema Anglo de Ensino, professor do Anglo Vestibulares em São Paulo desde 1994 e membro do corpo editorial da Editora Anglo. Tem também vasta experiência como professor de Português no Ensino Médio. Publicou, em 1999, pela Ateliê Editorial, Saramago: Um Roteiro para os Romances, obra que está em segunda edição. Seu novo livro, A Enunciação em Machado de Assis, a ser publicado pela Nankin e pela Edusp, está em fase final de edição.

Para o professor Ataliba, a exposição é uma oportunidade de promover o encontro das pessoas cheias de certeza, que consideram sua a missão de ensinar o brasileiro a falar certo, com aquelas que acham uma perda de tempo preocupar-se com a correção linguística: “A Exposição Menas tomou outra direção: expor os visitantes a um conjunto de situações linguísticas, convidando-os a refletir sobre os dados, tirando suas próprias conclusões”.

As instalações

Portas Abertas

A visita à exposição Menas começa na gare da Estação da Luz, antes de o visitante passar pela bilheteria do Museu. Em 30 banners estarão grafadas diversas frases com erros ortográficos registrados no português popularmente falado no Brasil. Portas Abertas é o título desta instalação que, segundo os curadores, tem o objetivo de deixar o visitante “com a pulga atrás da orelha”. Este será o passaporte para o que ocorrerá lá dentro, no restante da exposição.

Óculos

A segunda instalação é um jogo de espelhos que, à primeira vista, sugere ao visitante uma grande bagunça. O objetivo é livrá-lo de seus juízos prévios sobre os erros da linguagem, preparando-o para tirar proveito das outras seções da exposição. Jogos óticos, mecanismos de movimento e outros truques capturam o olhar, provocam uma espécie de vertigem, quebrando antigas certezas e abrindo a mente para o que virá.

Os 100 erros nossos de cada dia

Em um grande painel de 3m × 12m, foram grafados os “100 erros nossos de cada dia” – uma divertida seleção de erros lexicais, semânticos, gramaticais e discursivos mais frequentes, aqueles que todos nós, de vez em quando, cometemos. O visitante verá que, por vezes, é tênue a linha que separa o certo do errado. Os comentários que se seguem a cada erro mostram a motivação estrutural do erro; o fato de que o que se considera errado hoje já foi considerado certo; a motivação fonética do erro; a ênfase exagerada etc. Ou seja, por trás de cada erro há determinada utilização da língua, criativa aqui, analógica acolá, mas sempre inovadora.

Jogo do certo e do errado

Esta instalação utilizará nove telas de computador touch screen ligadas em rede. O “jogo” proposto é um quiz com 15 perguntas em cada tela. O visitante vai encontrar uma atividade que desafiará suas certezas. Entre elas, a que no dia a dia ele encontrará muitas situações em que algo parece estar certo (mas não está) e descobrir outras palavras ou expressões que ele tem certeza de que estão erradas (e, na verdade, não estão). A cada questão correspondem quatro alternativas. O visitante escolhe a que lhe pareça mais adequada.

Imediatamente, o sistema calcula o percentual de visitantes que fizeram a mesma escolha. Na sequência, um comentário explica o fundamento das alternativas. A quantificação percentual de todas as perguntas será computada durante todo o período da exposição.

Biblioteca de Babel

Esta instalação encerra uma desordem intencional, cujo objetivo é retratar a língua como de fato ela é. Escritores e compositores se manifestam sobre a língua e sobre a vida, apresentando posições inesperadas e criativas que desarranjam a visão tradicional sobre a língua portuguesa. Daí o título: “Biblioteca” – que supõe a organização, as ideias no lugar, o já sabido – “de Babel” – o avesso disso tudo, a desordem criativa, as ideias provocativas, o não sabido. Biblioteca de Babel é uma metáfora poderosa, que capta a língua portuguesa no que ela tem de estruturado, ordenado, previsível, convivendo com o desarticulado, o caótico, o imprevisível. As antíteses descrevem perfeitamente o que é uma língua natural, representando inesperadamente sua síntese. O português brasileiro exemplifica muito bem esta dupla face das línguas naturais.

Norma, a Camaleoa

É preciso saber gramática para falar e escrever bem? É preciso seguir as regras e o vocabulário certo? A língua é um organismo vivo? Língua é poder? Não tem certo e errado, tem o adequado para cada momento? O importante é saber se comunicar? Dentro da própria língua, há tensões e conflitos de visão de quatro sistemas: a norma gramatical, a norma lexical, a norma semântica e a norma discursiva.

No vídeo Norma, a Camaleoa, a atriz Alessandra Colassanti, filha dos escritores Affonso Romano de Sant’Anna e Marina Colasanti, encarna as quatro normas da língua portuguesa ao mesmo tempo, apresentando-as e discutindo-as. O encontro fictício das “Normas” se dá no banheiro do museu, que o visitante observa atrás dos espelhos. Entre um retoque de maquiagem e uma ajeitada no cabelo, elas discutem que, ao operar com as regras em nosso cotidiano, podemos selecionar formas aceitas ou formas rejeitadas pela sociedade. Cada sistema abriga tanto o certo quanto o errado.

Mas as normas são quatro ou são uma só? Elas são tudo isso ao mesmo tempo. Elas são quatro em uma, quando uma mesma expressão apresenta problemas oriundos dos quatro sistemas. Elas são uma em quatro, quando o erro vem de um sistema só. De qualquer forma, não há dúvida que Norma é uma Camaleoa.

Janelas abertas

Depois deste mergulho no português brasileiro, está na hora de o visitante retornar aos amplos espaços sociais onde é praticada nossa língua. Um corredor estreito e final da exposição traz à tona índices de uma rua de comércio popular e do linguajar praticado nessas ruas, convidando o público a voltar para a vida fora do Museu e perceber a língua de maneira mais generosa, apreciando sua criatividade e mutabilidade.

MENAS: o certo do errado, o errado do certo


Abertura para o público: 16 de março


Museu da Língua Portuguesa


Praça da Luz, s/nº, Centro


Tel.: (11) 3326-0775


http://www.museudalinguaportuguesa.org.br/


Terça a domingo, das 10h às 18h


Ingresso: R$ 6,00 (pagamento somente em dinheiro).


Estudantes com carteira de estudante do ano e documento de identidade pagam meia-entrada. Crianças com até 10 anos e idosos a partir de 60 anos não pagam ingresso, bem como professores da rede pública.


















Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA SEC


Data: 15/03/2010