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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Pe Lanza e a pedrada.

No último domingo, ontem, 15 de Janeiro de 2011 Rio das Ostras entrou pra história com a pedrada que Pe lanza, vocalista e baixista da Banda Restart levou na cabeça, durante a apresentação da banda aqui na cidade. A notícia está em muitos sites de notícias e também nas redes sociais. É o "assunto do momento" tanto no Facebook, como no Twitter. Lógico que a primeira percepção é a de indignação com um ato absurdo e vândalo de quem atirou a pedra. Mas, depois, lendo com mais calma, inclusive as postagens do Pe Lanza no Twitter e que está também sendo divulgadas no Facebook, me remeteu a algo que li há muito tempo sobre a questão marketing & mídia no meio artístico.

Segue alguns tweets do Pe Lanza sobre o acontecido:  "Pode vir mais que eu dou todo o sangue que tenho pra vocês!"
 "Dou meu sangue por vcs SEMPRE! O que importa é que nos divertimos(...)"

Quem leu o livro do Rodrigo Faour : Cauby Peixoto, 50 anos da voz e do mito. Pode ser que se lembre do episódio citado no mesmo, como uma afirmação de Luiz Vieira. Aos que não leram, ou não se lembram de nenhum fato semelhante, e se interessam também pelo assunto, sugiro uma, ainda que rápida pesquisa sobre o asunto. 
Óbvio que não está sendo comparado aqui o talento entre os artistas citados. E que esse ato de vandalismo não vire moda!

Se combinado ou não, fato é que está em quase todas as mídias hoje. Quem ganha e quem perde afinal?

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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Galdino, 15 anos sem.

Selo do Memorial Galdino Vive!

Galdino, 15 anos sem.

Perdoa-os País
Perdoa-os autoridades
Vossas excelências da foice macabra, perdoa-os, perdoa-nos
Eles estavam só brincando, são jovens ainda
Divertem-se como podem, brincam
Dizimando índio
Perdoa-os! 

Pois que seguem seus exemplos
15 anos se passaram que ele foi à Brasília 

Reivindicar direitos, reivindicamos todos
Mas os bacanas
Jovens
O ceifaram por puro divertimento
Jogaram álcool e atearam fogo
No brinquedo índio que dormia num banco, na rua.
Perdoa-os tolos
Perdoa-os todos
Perdoa os cinco
Que são jovens ainda
Perdoa-os porra nenhuma!!!
Quem são os pais desses cinco?
Por onde andam agora suas juventudes vazias?
Dê o exemplo os que ainda estão aí em cima 
Pare a Belo Monte, Dilma!
Ah, falei porra, né? Desculpa. 
Somos maus exemplos, somos poetas, somos artistas, somos loucos, 

somos negros, somos mulheres, somos crianças, somos índios, 
... somos também!
Perdoa-nos
Os arroubos, a indigestão, a indignação, as lágrimas, o vômito
Índio não é gente
Gentil são os outros, os estadunidenses
Faremos lutos outros, todos, 

e eternamente pelo 11 de setembro
Reverências Mr. San
Nossos índios não são gente
São só os primitivos, aborígines, 

legítimos donos dessa terra-continente.

Jaqueline Serávia


                                                    É Pouco para Dizer Tudo
(FlaVcast)

Como não começar por mim
O limitar da fúria que possuo
A ira que infelizmente
... Não vinga
Por alguns
Venda de ódio
Por outros
Copo de pinga
Irracional pós retro medieval

É pouco para dizer tudo...

Mata-se... Por favor...
... Mate-se
Já que és covarde
... Não fuja
Das tuas verdades... Sê
Por nada
Ou por tudo que desejas
Se tu que és o que é
Não fujas em rótulos
Ou arrotos de raiva
... Desarma
Em trocar palavras
Troca decepção
Por uma verdadeira
Ação...

É pouco para dizer tudo...

Cabeça boa
... Passa
Por nos curtirmos
Com erros e virtudes
Para podermos nos olhar
E provar que conseguimos

No espelho nos enxergar
Então nos aceitarmos
O outro buscar respeitar
Mudança é algo melhor
Começa em mim
Em você
Nos nossos
Mínimos atos

É pouco para dizer tudo...

Sabemos
Mas nos atiramos
Irracionais
Dementes imbecis
A buscar a morte
Desordem que nos faz sangrar

Ferido criança
...Peço vingança
Não tenho tolerância
E nem soube por que
Levaram... eu era criança

É pouco para dizer tudo...

Porque no asfalto
Na terra de bacana
Por uma bagana
Vale tudo
De roubar viaduto
Pra ter carro de luxo
Ao luto do filho
Vagabundo

Que mundo imundo é esse
Em que se perde um filho
E na falta de limites mata-se
Onde estará você quando
... Seu filho
Por diversão matar?

É pouco para dizer tudo...

Porque é ruim ver o outro roubar
Mas por quanto...
Você se vende mesmo?
Ou quanto paga em uma roubada
Eu sei tem dinheiro para o ano inteiro
E foda-se
O que vale é manter a pose

É pouco para dizer tudo...

É a merda de uma classe calhorda
Que dita leis que os amamente
Vendidos aos montes
Dependem do verde
Em montante reluzente
Famintos lobos vermelhos
Em peles de cordeiros fedorentos
A distribuir mais e mais pobrezas

É pouco para dizer tudo...

É violência assustada
De uma vida caótica
Embalada e bem posicionada
Em luxuosos carros alvos
De mentes nervosas e trêmulas
Nem sempre mãos experientes

É pouco para dizer tudo...

Como a pedra
Que odiamos...
Mas ofertamos
Em esmolas aos zumbis
Das sarjetas que nos observam
Acuados em nossas jaulas

É pouco para dizer tudo...

Como não começar por mim...
... Ou por você o desarme

Das armas
Os ódios
Da raiva sem sentido
Das frustrações cheias de invejas
A covardia que nos limita

Que nunca mais alguém seja
Queimado vivo à beira de uma calçada
Por idiotas que se imaginam humanos

É pouco para dizer tudo...

Que outros possam dizer também.


FlaVcast – 09.01.2012



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